SUPEROU FASE CONTURBADA
Em sete campeonatos da Europa e do Mundo consecutivos, Rui Silva foi cinco vezes medalhado, três das quais com ouro. Depois, nos quatro últimos campeonatos, esteve ausente, por lesão, doença ou má forma. Regressa no sábado, em Turim (Itália), para tentar aquela que, a concretizar-se, será a sua quarta medalha em Campeonatos da Europa.
Tinha Rui Silva apenas 20 anos quando, de forma surpreendente, o
atleta, ingressado no Sporting apenas na época anterior, se sagrou
campeão europeu de 1.500 m em Valência. Era o início de uma grande
carreira internacional. Dois anos depois, optou pelos 3.000 m e foi
2.º. E em 2001, no Mundial de Lisboa, atingiu o ponto mais alto em
pista coberta.
Perante um Pavilhão Atlântico em delírio, sagrou-se campeão mundial de
1.500 m. No ano seguinte, voltou a ser campeão europeu, ainda nos 1.500
m. Teve um dia mau no Mundial de 2003, em Budapeste, ficando fora da
final mas no ano seguinte apenas o então ainda queniano Bernard Lagat o
derrotou nos 3.000 m. Seguiu-se, cinco meses depois, a medalha olímpica
de Atenas.
Contrariedades
Fora a última presença de Rui Silva em grandes competições de pista
coberta. Em 2005, uma lesão impediu-o de defender o seu título europeu.
Em 2006, teve uma virose e falhou o Mundial e, em 2007, estava longe da
forma e prescindiu. Finalmente, há um ano, quando se preparava para
regressar a Valência, desta vez para um Mundial, surgiu-lhe uma fratura
de fadiga num pé, voltando a ficar por terra.
Agora, finalmente, regressa a um Campeonato da Europa e com aspirações
a estar mais uma vez na luta pelas medalhas na sua distância de sempre
– os 1.500 metros.
In www.record.pt
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