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Trauma do Natal de volta a Alvalade e com forte estrondo PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Sexta, 24 Dezembro 2010 23:03

101224_natal_postigaAté final da década de 90, Dezembro era traumático em Alvalade. Mas, a 13 pontos  do líder FC Porto, esta é, como atestam os números, a pior quadra dos últimos 30 anos

O novo milénio fez cair o mito do Natal que tomou conta de Alvalade durante anos a fio. Mas, a 13 pontos do 1.º lugar na Liga, este é o pior registo natalício do Sporting dos últimos 30 anos no campeonato (em 1987 e 1988, com a vitória a valer dois pontos, os leões chegaram ao Natal com oito pontos de desvantagem, o que equivale a quatro triunfos. Hoje, 13 pontos equivalem a quatro vitórias mais um empate).

 

Além disso, foi recentemente eliminado da Taça de Portugal. Será que a crise do presente tem semelhanças com o passado? "A tradição era porque começávamos a ficar afastados do título no Natal, a margem para o primeiro lugar começava a ser dilatada. Mas, para nós, o 'Natal' era o que sentíamos em campo: injustiça e arbitragens tendenciosas ao máximo", recorda Pedro Venâncio, antigo capitão do Sporting. Desde final da década de 80 até ao título conquistado em 1999/2000 - após um jejum de 18 anos -, o mês de Dezembro em Alvalade era, muitas vezes, atribulado, pois a equipa perdia mais pontos do que o habitual. "Por isso, desenvolveu-se um trauma, uma doença", afirma Paulo Torres, ex-defesa do clube. "Começavam a criar-se margens grandes para os adversários e depois o 'Natal' servia de desculpa. Não era a favor desse pensamento negativo. Felizmente é uma situação que já não se fala actualmente. Esses problemas eram criados internamente e as coisas aconteciam naturalmente, não por ser Natal", acrescenta.

 

Com ou sem síndrome natalício, apenas por duas vezes em 30 anos o Sporting chegou a Janeiro isolado na liderança da Liga... e em ambas foi campeão. Mas a distância para o líder, em Dezembro de 2009 e 2010 (12 e 13 pontos), volta a dar que pensar em Alvalade. Para Paulo Torres, o problema actual do Sporting assenta num ponto crucial: "Não basta ter bons jogadores e treinadores. Quando se perde um jogo, não se pode passar de bestial a besta. A instabilidade era total e hoje está-se a voltar a isso." "Lembro-me de que se começou a falar no Natal a partir de 1987 ou 1988. Mas, actualmente, a única comparação que posso fazer é com a diferença pontual para o primeiro. Antes tínhamos apenas um campo para treinar, hoje têm um centro de estágio e condições muito superiores. O problema é que, mesmo estando a 13 pontos, podíamos sentir que a equipa tinha condições para dar a volta... mas isso não acontece. Lutamos em condições desiguais com os adversários directos", considera Venâncio, que representou o Sporting entre 1981 e 1992.

 

Embora com um discurso ligeiramente diferente, ambos concordam que a arbitragem já não é o problema maior do Sporting. "Quando o 'sistema' quisesse, arredava- -nos do título. Ficávamos revoltados! Na altura não existiam os meios de hoje e só era transmitido na TV um jogo por jornada. Não ganhámos porque os outros eram melhores, mas por vezes cortavam-nos as pernas. Hoje, já se fala muito nas arbitragens e são mais controladas", diz, convicto, Venâncio. Regressando ao presente, Paulo Torres gostava de ver novamente o Sporting campeão, e por isso vai ainda mais longe nas críticas. "Os jogadores já não sentem a camisola. O Sporting não pode gastar tanto dinheiro e ir-se reforçar a um clube como o Braga. Os anos passam e o clube perde cada vez mais a identidade. Se continuar assim, vai perder o estatuto de clube grande", conclui.

 

In dn.sapo.pt


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