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Segunda, 29 Abril 2024
Sporting na Bélgica. Aqui nem flamengos nem valões - são todos leões PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Quinta, 04 Novembro 2010 23:36
101104sporting_belgicaEm 1958, lisboetas acabaram com conflito entre rivais RFC Liège e Standard; hoje terão apoio do Cercle Brugges

Muitas vezes até calha bem: nas páginas que têm publicidade no rodapé mas onde ainda sobra algum espaço que não pode ficar em branco, lá aparece a típica fotografia dos emigrantes do Benfica, do FC Porto ou do Sporting, todos juntos a torcerem por um clube que os aproxime de Portugal. Hoje, além desse cenário, antevê-se outro menos tradicional (de tal forma que até merece notícia além da fotografia) - adeptos belgas, do Cercle Brugge, a apoiarem o Sporting frente a um conjunto belga, o Gent. Porque na Bélgica, um país em constantes dificuldades para formar um governo, nem flamengos nem valões - são todos leões. E a força leonina é de tal forma grande que os próprios lisboetas já conseguiram acabar com um conflito entre Standard e RFC Liège.


Em 1958, fase quase embrionária nas competições europeias, o Sporting foi à Bélgica para tentar recuperar o 2-3 da primeira mão, em Alvalade. Desportivamente, as intenções não passaram disso mesmo e foi pior a emenda que o soneto: derrota por 0-3 num encontro jogado com uma bola laranja (algo anormal na altura) que foi trocada por sete vezes devido ao excesso de frio, chuva e lama. Pior: pela primeira vez foi decretado um blackout aos jogadores, havendo apenas uma única permissão para o treinador, Anselmo Fernández, dissecar o pesado desaire com os jornalistas. Mas nem tudo foi mau nessa viagem e, aproveitando a presença dos leões (na altura, uma das equipas mais cotadas da Europa) no país, a imprensa promoveu uma série de iniciativas para acabar com o conflito quase crónico entre Standard e RFC, os dois grandes de Liège. Tarefa cumprida - o estádio Selessin recebeu 35 mil espectadores de ambos os conjuntos e foi aí que se hasteou a bandeira branca da paz.

HISTÓRIA Diz o adágio que o crime não compensa (apesar de muitas vezes o "não" sair da frase, pelo menos nestes dias que correm) mas praticar o bem acaba por trazer sempre algo melhor. E foi isso que acabou por acontecer à equipa do Sporting seis anos mais tarde, em 1964.

Após uma epopeia com contornos dramáticos de heroísmo - como as eliminatórias com Manchester United e Lyon -, os leões disputaram a final da Taça das Taças com o MTK de Budapeste na Bélgica e, depois do empate 3-3 no primeiro encontro (em Bruxelas), ganharam a competição com o tão famoso canto directo de Morais (1-0). Até - ou só - por isso, o país nunca será esquecido pelo clube.

E pronto, volta-se às partes menos boas no aspecto desportivo: de 1964 para cá, o Sporting foi três vezes à Bélgica, somando por empates as partidas disputadas (Club Brugge, 1967; Malines, 1990; e Lierse, 1997). Segue-se o Gent, como adversário. E o Cercle Brugge, como "amigo".

 

In ionline.pt

 

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