 Continua a equipar de verde e branco e a jogar com a camisola número 16, mas agora marca golos na Bulgária. Mário Jardel não facturou no último jogo, segunda-feira, quando o "seu" Cherno More recebeu e foi batido (2-3) pelo Levski de Sófia, líder do campeonato búlgaro e próximo adversário do "seu" Sporting na Liga Europa, mas não poderia ser mais oportuno o depoimento recolhido por O JOGO do artilheiro-mor do último título conquistado pelos leões - marcou "só" 42 golos no campeonato de 2001/02.
"Hoje [segunda-feira] fomos roubados por causa de um penálti que não houve...", começou por queixar-se Jardel, que deixa uma mensagem de confiança... e alerta: "É possível o Sporting vir cá ganhar, mas não é fácil. O Sporting tem de ter cuidado com o Joãozinho, o ala-esquerdo, que é muito bom, e com o avançado Dembele, que está em grande forma."
Mas não será só com o brasileiro e o francês que os leões terão de estar precavidos, porque "o Levski é uma equipa grande", alerta Super-Mário. "Vai ser um jogo difícil, e o Sporting terá de jogar com cautela. Hoje [anteontem], pelo menos, eles jogaram em 4x3x3, em contra-ataque, porque era fora, mas costumam jogar com toque de bola, a pensar o jogo. O Sporting não é favorito, mas dá para ganhar se o treinador montar bem a equipa. O Levski aqui é uma equipa grande, equilibrada, tal como é o campeonato búlgaro, mas parece-me estar ao mesmo nível que o Sporting", considera Jardel, que, aos 37 anos, não esquece os anos de ouro da sua carreira, passados em Portugal - o último de leão ao peito.
A torcer por Sporting e FC Porto em Sófia
Mário Jardel não esquece o passado glorioso que viveu ao serviço de FC Porto, primeiro, e Sporting, depois, e quando os dois clubes lusos se deslocarem à capital da Bulgária para defrontar o CSKA e o Levski, respectivamente, será mais um adepto. "Vou ver os jogos do Sporting e do FC Porto. É só apanhar um avião e em meia hora estou lá", comentou. Refira-se que foi depois de passar pelos dois grandes portugueses que Jardel começou o seu declínio, representando mais 12 emblemas - quase sempre menores - de oito países!
Super-Mário foi trunfo maior no último título
Foi o grande golpe do defeso de 2001 e chegou a Alvalade, vindo do Galatasaray, em apoteose. Na companhia do "pai" João Pinto e de outro Marius, Niculae, Jardel torturava os adversários com a retórica: "Porque será?" A resposta foram 42 golos no campeonato, o último que os leões conquistaram - aliado à dobradinha. Um fenómeno...
In ojogo.pt
|
