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Sporting serve vingança... molhada PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Terça, 25 Novembro 2008 11:00

1947Feridos no orgulho pelos 7-2 do ano anterior, os leões esmagaram o rival em tarde de grande inspiração de Travassos.

 

Em 1947, o estado do terreno não servia de justificação para um resultado menos conseguido. Que o diga o Sporting, quando goleou o Benfica por 6-1, no seu segundo maior triunfo sobre o rival, o primeiro a fazer parte da história. Final que confortou o espírito, ferido desde Abril de 1946, e vingou o 2-7 que pesava nas recordações.

Durante duas semanas a chuva não dera tréguas em Lisboa, transformando o palco do jogo num pedaço de lama gigante, recheado de poças de água. As marcações que precisavam ser corrigidas, depois de um CUF-Futebol Benfica momentos antes, impacientavam os adeptos já de si fustigados pela água que tombava do céu. E tantos eram os guarda-chuvas à volta do campo, que este mais parecia estar de luto.

 

Seis minutos depois da hora prevista, o jogo lá começou e com ele a determinação do Benfica em gerir o seu destino. Mas o empenho inicial era sinónimo de desgaste antecipado por oposição ao Sporting, contido nas investidas, seguro a defender, tranquilo de que sobraria tempo para mais. E o mais chegou aos sete minutos, no segundo ataque dos leões, um pontapé certeiro de Travassos. Vítor Baptista empatou aos 16, depois de 15 minutos de entrega total ao jogo dos encarnados. Mas os festejos duraram pouco. Aos 28, Peyroteo fez falta sobre Félix, o árbitro nada assinalou e o pior para o Benfica aconteceu quando a bola chegou mais uma vez aos pés de Travassos. Peyoroteo assinou o 3-1 e até ao intervalo o marcador não mais se alterou.

 

Com o Benfica esgotado devido ao esforço inicial, o Sporting não teve dificuldade em construir resultado acima das expectativas. Três golos foram marcados na segunda parte - Albano, Travassos e Vasques -, que selaram o derby em 6-1.

Curioso o facto de a arbitragem de Domingos Miranda não ter passado despercebida, num costume que seria recuperado pelos tempos modernos. O juiz do Porto não viu a falta que antecedeu o segundo golo do Sporting para revolta dos adeptos encarnados, mas apesar do volumoso resultado foram os torcedores da equipa da casa quem mais... protestaram.

 

Ficha de jogo


Época 1946/47
I Liga - 9ª jornada
16 de Fevereiro de 1947
Campo do Lumiar, em Lisboa
Árbitro: Domingos Miranda (Porto)


Sporting 6
Azevedo; Cardoso e Manuel Marques; Canário, Barrosa e Veríssimo; Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano
Treinador: Robert Kelly (inglês)
Benfica 1
Martins; Félix e Fernandes; Jacinto, Moreira e Francisco Ferreira; Espírito Santo, Arsénio, Julinho, Vítor Baptista e Claro
Treinador: Janos Biri (húngaro)
Marcadores: 1-0, Travassos (7); 1-1, Vítor Baptista (16); 2-1, Travassos (28); 3-1, Peyroteo (34); 4-1, Albano (60); 5-1, Travassos (80); 6-1, Vasques (84)

 

In maisfutebol.iol.pt


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