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A melhor final de todos os tempos PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Terça, 25 Novembro 2008 10:31

1951/52Os 50 mil afortunados que estiveram no Jamor a 15 de Junho de 1952, jamais esquecerão o «derby» dos «derbies». Vale a pena recordar como foi.

 

Fantástica final da Taça de Portugal, aquela disputada a 15 de Junho de 1952 e que terminou com a vitória do Benfica sobre o Sporting por 5-4... no derradeiro minuto! Um jogo incrível, com tempo para tudo e frequências cardíacas acima da média: resultado expressivo, indecisão até ao fim, três penalties assinalados, um falhado e um golo invalidado.

 

Mais de 50 mil adeptos fizeram a festa no Estádio Nacional, sob o olhar atento do presidente da República, Craveiro Lopes, e alguns ministros, e dificilmente foram capazes de segurar as emoções, empurradas para trás e para a frente, ao ritmo do marcador. Na bancada não houve espaço para assobios ou protestos, tamanha a alegria que transbordava para o relvado.

 

No final ganhou o Benfica, mas se tivesse sido o Sporting os aplausos seriam os mesmos. Foi, aliás, a equipa leonina, campeã nacional da temporada, quem inaugurou o marcador, logo aos dez minutos, por Albano, e na primeira de três grandes penalidades assinaladas. Rogério empatou aos 24, também de penalty, dois golos que chegaram sem a contestação de quem assistia. Com o intervalo à espreita, o árbitro Reis Santos anulou um golo a Águas (35) e assinalou novo castigo máximo a favor dos encarnados, que Rogério desperdiçou (40).

 

O 1-1 reentrou na segunda parte, para ser desfeito ao fim de quatro minutos, por Corona, que, pela primeira vez, atirou o Benfica para a frente do marcador. Rola conseguiu o 2-2 aos 51 e Martins empurrou os leões para a liderança aos 55. Entre os adeptos, as unhas desapareciam aos poucos e multiplicavam-se os apertos de coração. O placard aproveitou, entretanto, para respirar um pouco, foram 14 minutos de paz até ao 3-3 de Rogério, que chegou aos 69. Seguiu-se nova vantagem do Sporting, aos 71, por Rola e consequente empate do Benfica ao fim de 60 segundos, por Rogério. E quando o público acreditava já em mais meia hora de espectáculo como nunca visto, Rogério, em cima dos 90, levou a melhor sobre Passos e à entrada da grande área leonina bateu Carlos Gomes com um poderoso remate.

 

Um dia para mais tarde recordar, até pelo árbitro, Reis Santos, um dos protagonistas da tarde. «Este dia fica gravado nas minhas recordações de árbitro», garantiu, no final, à reportagem de A Bola: «A minha preocupação desde o primeiro minuto foi a de dignificar o jogo. Isto é, evitar a violência. Para isso não hesitei [em marcar três grandes penalidades]. Todas elas nítidas, aliás. (...) A minha consciência fala por mim e essa está tranquila.»

 

Ficha de jogo
Época 1951/52
Taça de Portugal - Final
15 de Junho de 1952
Estádio Nacional
Árbitro: Reis Santos (Santarém)
Benfica 5
Bastos; Artur e Fernandes; Moreira, Félix e Francisco Ferreira; Corona, Arsénio, Águas, Rogério e Rosário
Treinador: Cândido Tavares
Sporting 4
Carlos Gomes; Juvenal e Pacheco; Veríssimo, Passos e Juca; Pacheco Nobre, Travassos, Martins, Albano e Rola
Treinador: Randolph Galloway (inglês)
Marcadores: 0-1, Albano (10, g.p.); 1-1, Rogério (24, g.p.); 2-1, Corona (49); 2-2, Rola (51); 2-3, Martins (55); 3-3, Rogério (69); 3-4, Rola (71); 4-4, Águas (72); 5-4, Rogério (90)

 

In maisfutebol.iol.pt


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