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A raça dos heróis chilenos PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Quarta, 01 Setembro 2010 12:53
100901chilenosNuma altura em que o mundo tem os olhos postos no Chile devido ao drama vivido por 33 homens encarcerados numa mina de onde só sairão dentro de alguns meses, foram dois chilenos (Matías Fernández e Valdés) a trazer ao de cima a capacidade dominadora à razão do asfixiamento dos leões.

É certo que a Naval foi um adversário demasiado frágil, suave de mais perante um Sporting que soube tornar o jogo fácil. Isto porque se, na Dinamarca, a equipa de Paulo Sérgio fez da consistência, espírito de sacrifício e pragmatismo os principais argumentos para resgatar a vitória, na Figueira da Foz simplesmente não deixou os anfitriões ter a bola, fazendo-a circular com superior precisão e qualidade. E aqui entram os dotes técnicos - e tácticos - dos chilenos que entraram no onze e tornaram o Sporting mais dominador que nunca.



Matías, como "10" no losango, e Valdés, como interior-direito, deram outra projecção atacante à equipa, e a influência dos sul-americanos na orquestração da manobra ofensiva e no pautar do ritmo de jogo dos leões foi determinante. Recorrendo à frieza dos números, há que constatar que o camisola 14 fez 37 passes e o 15 fez 40 - Maniche, descaído sobre a esquerda, mas mais recuado, já que o losango derivava muitas vezes para o 4x2x3x1, com o avanço de Valdés e Djaló a abrir a frente de ataque, passou a bola 65 vezes -, mas os índices de sucesso são assinaláveis: Matías teve 86,4% dos passes certos, Valdés 80%.

Os virtuosos chilenos, porém, não se limitaram a provar os atributos técnicos que os fizeram reforços leoninos, contribuindo em larga medida para as recuperações de bola dos leões (Matías com cinco, Valdés com nove).

Curiosamente, rectificada a posição do médio-ofensivo recrutado ao Villarreal a época passada - em Paços de Ferreira, jogou na direita -, Matías foi o jogador com mais cruzamentos (oito) da equipa. Solto como poucas vezes se viu, foi um autêntico quebra-cabeças para a Naval, enquanto Valdés soube pautar o jogo e lançar o ataque com grande qualidade a partir da direita. Foram apostas ganhas.

Dados de Matías

Toques na bola 52

Recuperações 5

Remates 3 (À baliza 2)

Passes 37 (Certos 32)

Cruzamentos 8

Golos 1

Dados de valdés

Toques na bola 51

Recuperações 9

Remates 2 (À baliza 0)

Passes 40 (Certos 32)

Cruzamentos 7

Golos 0

Onze à escala de Matigol

Mais um penálti, mais um golo. Não foi o da vitória, no último minuto, como frente ao Marítimo, mas Matías voltou a não ceder à pressão deo pontapé da marca dos onze metros, de onde a baliza fica mais pequena para qualquer jogador. O fantasma dos penáltis, que chegou a ensombrar por largo período os leões, parece, agora, definitivamente afastado com um espacialista do calibre do 14 - nunca falhou um penálti na sua carreira - na equipa.

Mas Matías Fernández não esgota na sua capacidade concretizadora nas grandes penalidades (100% de êxito, com remates fortes e colocados) a sua influência na equipa. O chileno viu o onze "moldado" à sua imagem e, no losango recuperado por Paulo Sérgio, ocupou a "sua" posição e actuou como dez - e não na direita, como em Paços de Ferreira. Teve das exibições mais conseguidas e regulares desde que chegou a Alvalade, dinamizou a manobra ofensiva, comprovou ser mestre no último passe e ainda ensaiou a meia-rabona. À... El Crá.

 

In ojogo.pt

 

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