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 Primeiro póquer da carreira do luso-brasileiro afunda ainda mais um Belenenses sem futebol para a primeira liga, que perde 4-0
Ainda antes do início do jogo, o speaker do Restelo tentou dar o mote para o apoio incondicional dos adeptos à sua equipa. Pela forma como falava, era ele quem precisava de mais um par de gargantas para animar o público e não o contrário. No entanto, para sermos justos, é preciso reconhecer que o desempenho foi melhorando à medida que o apito inicial se aproximava.
E foi mais ou menos como o speaker que as duas equipas se comportaram ao longo da primeira parte. Houve alturas em que conseguiram dar mais ritmo ao jogo, mas - regra geral - faltou sempre um bocadinho assim para o golo aparecer, de um lado e de outro. Liedson rematou, rematou e rematou, só que a bola acabava (quase) sempre nas mãos de Bruno Vale. No Belenenses, à excepção de Yontcha e Lima (que até incomodaram Rui Patrício), o onze escolhido por António Conceição parecia desligado do encontro. A defender lá ia conseguindo parar as investidas do Sporting. Mas no ataque a cantiga era outra.
Veio o intervalo e o speaker do Restelo voltou a entrar em acção. Animado, chamou pelo grupo de bombos e pelas cheerleaders que preencheram o período de descanso. Logo a seguir, quando Hugo Miguel apitou para o início da segunda parte, também o Sporting mostrou que vinha com outra vontade. Não foi preciso esperar muito para Liedson entrar em acção. Oportuno como sempre, o Levezinho aproveitou duas desatenções da defesa do Belenenses para resolver. Primeiro bastou encostar o pé no cruzamento de Izmailov. Depois limitou-se a empurrar a bola para o fundo das redes quando ninguém de azul parecia querer tirá-la dali para fora.
Aos 70 minutos, a chuva pôs fim às tréguas e chegou para arrefecer o jogo. Mas ainda houve tempo para Liedson fazer o hat-trick e um inédito póquer. O avançado leonino, que não marcava para o campeonato desde a 17.a jornada, aproveitou a fartura para engordar a conta pessoal - soma agora dez golos. O speaker do Belenenses, claro está, já nem dizia nada.
O Sporting voltou a mostrar capacidade de finalização (depois dos 3-0 a Everton e FC Porto). Os adeptos gostam e já não assobiam. É tarde para o título, mas Carvalhal agora olha para o terceiro lugar dos dragões.
In ionline.pt
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