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Ivkovic: "Disse 100 dólares mas podia ter dito cinco ou 200" PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Terça, 29 Setembro 2009 19:37

090929_ivkovicHá 20 anos, Ivkovic apostou com Maradona. Ganhou dinheiro mas foi eliminado.

 

Benjamin Franklin é o pai da nação norte-americana. É ainda o inventor do pára-raios. Das lentes bifocais. Do corpo de bombeiros nos EUA. Do aquecedor a lenha. E da mudança da hora, no Inverno e no Verão. Foi ele o primeiro a evocar a possibilidade de aproveitar um período maior de sol, para poupar energia e fê-lo num discurso intitulado "Um projecto económico", divulgado no "Jornal de Paris" em 1784. O objectivo é sempre o mesmo: economizar energia, na altura, carvão. A ideia só foi para a frente após a Primeira Guerra Mundial, finalizada em 1918 e, até hoje, o mundo adianta o relógio no primeiro fim-de-semana de Março e atrasa-o no último de Outubro.

Benjamin Franklin já morreu há 219 anos e não foi a tempo de ver a sua cara estampada na nota de 100 dólares dos EUA, em 1914. E também não sabe que a sua nota já foi alvo da aposta mais famosa no futebol a envolver jogadores. Foi há 20 anos que Diego Maradona, o maior baixinho de sempre (Pelé, nem vale a pena discutir!), entrou no balneário do Sporting para entregar 100 dólares ao guarda-redes jugoslavo Tomislav Ivkovic, após este ter defendido uma grande penalidade no San Paolo, em Nápoles, na segunda mão da primeira eliminatória da Taça UEFA 1989-90. Porque uma aposta é uma aposta. E o prometido é devido.

Suplente em Alvalade na primeira mão, com o número 16, Diego só usou o 10 no jogo decisivo, na sua casa espiritual como costumava chamar ao Estádio San Paolo. Foi lá que o Sporting foi eliminado nos penáltis pelo Nápoles (0-0 no final dos 120' e 4-3). E o 10 foi parar às mãos de Tomo Ivkovic de forma pouco usual.

"A ideia de desafiar o Maradona só me surgiu quando ele me apareceu à frente para marcar o quinto e último penálti da série. Se fosse golo, o Nápoles passava a eliminatória. Aproximei-me e disse-lhe que ele não ia marcar. Ficou a olhar para mim, incrédulo, e foi aí que apostei 100 dólares para o desmoralizar ainda mais. Foi o primeiro número que saiu da minha boca. Disse 100 mas podia ter dito cinco ou 200. Ele estava visivelmente cansado, mas aceitou de pronto e continuou a olhar para mim. A verdade é que o desconcentrei. Quando o Maradona partiu para a bola, tive o feeling de que iria atirar para o meu lado esquerdo e defendi."

E depois? "Na altura, não lhe falei dos 100 dólares. Não seria correcto. Apenas lhe pedi a sua camisola 10. No final do jogo, ele foi ao balneário do Sporting com o 10 e os 100 dólares [qualquer coisa como 16 mil escudos naquele tempo]. Atrás dele, um batalhão de jornalistas, muitos microfones e as luzes fortíssimas dos holofotes dos cameramen da TV."

Replay Nove meses mais tarde, em pleno Mundial-90, Ivkovic voltou a defender um penálti de Maradona, agora durante o desempate entre Jugoslávia e Argentina para os quartos-de-final. Desta vez sem aposta. Se houvesse, lá ia o Benjamin Franklin de um lado para o outro. Assim ficou no bolso de Maradona - ele não cometeu o erro de repetir a graça. Ivkovic, esse, ainda hoje está desolado. "Como é possível defender dois penáltis dele e ser eliminado nos dois jogos? Se me contassem, não acreditava!" Tranquilo, Tomo, se o Franklin soubesse, também não.

 

 

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