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Póquer de Peyroteo criou o mito PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Quarta, 25 Novembro 2009 00:25
PeyroteoCLÁSSICO DOS CLÁSSICOS É JÁ NO PRÓXIMO SÁBADO

Quatro golos de Peyroteo, no clássico da época 1947/48, chegaram para criar o mito: nos confrontos entre Sporting e Benfica ganha "sempre" o que está pior.

Com a vitória por 4-1, no terreno dos "encarnados" que, a cinco jornadas do final do campeonato, lideravam com dois pontos de avanço, os "leões", comandados por Cândido de Oliveira, chegaram ao primeiro lugar e à posterior conquista do título.

Antes do jogo do Campo Grande da 22.ª jornada, já na nona ronda, se tinha registado uma "surpresa", quando o Benfica, então a um ponto do Sporting, venceu no Estádio do Lumiar por 3-1. Desde o início dos campeonatos (1934/35), esta foi a primeira época em que o "grande" que estava pior venceu o "derby".



Como todas as regras, esta também tem uma excepção. O "mito" recém-criado foi quebrado dois meses depois, na meia-final da Taça de Portugal, novamente no Lumiar, onde o Sporting, já com o título de campeão, voltou a bater o Benfica por 3-0 com dois golos de Peyroteo e um de Albano.

"Desde os primórdios que há esse mito de que quem estava pior, normalmente, não perdia o clássico, mas é um mito, pronto. Sabemos que aconteceu algumas vezes e isso foi consolidando esta ideia, mas não as suficientes para assumirmos que acontece sempre", disse à Agência Lusa o "encarnado" José Augusto que, só à sua conta, assinou sete golos, em "mais de 20 jogos", frente ao Sporting.

Uma opinião idêntica tem o leão Morais, para quem "a rivalidade é que manda", porque: "O jogo e a moral melhoram quando se olha para a camisola do adversário, do rival".

"Às vezes acontecia (quem estava pior ganhar) mas, na altura, nós raramente estávamos melhor que o Benfica. Eu fiz vários dérbis e, que me lembre, fazíamos melhores resultados na Luz, onde me lembro de ter ganho duas ou três vezes", frisou o autor do "cantinho", que valeu a única Taça das Taças conquistada por clubes portugueses.

Este mito só se repetiu em pleno mais três vezes, uma das quais em 1973/74, quando as águias, sempre abaixo dos leões antes dos derbies, venceram os dois encontros, primeiro na Luz (2-0) e depois em Alvalade (3-5), assegurando assim o "campeonato da segunda circular", sem "roubar" ao Sporting o título nacional.

Em 1996/97, o arranque de campeonato do Benfica, orientado pelo brasileiro Paulo Autuori, foi travado no Estádio José de Alvalade com um golo do defesa Beto, levando os "leões" à igualdade pontual com os "rivais". Na segunda  volta, já sob o comando de Manuel José, as "águias", com uma desvantagem e quatro pontos, surpreenderam o Sporting com o mesmo resultado (1-0), concretizado por João Pinto.

Na última época o Benfica, do espanhol Quique Flores, somou cinco pontos em três jogos, menos quatro que os "leões", mas bateu o Sporting na Luz, à quarta jornada por 2-0, com golos do espanhol Reyes e do brasileiro Sidnei.

A desforra dos "leões" foi servida em Alvalade à 19.ª jornada, quando o Sporting estava a três pontos do Benfica, com dois golos de Liedson e um de Derlei, assegurando um triunfo (3-2) sobre os "rivais", que marcaram por Reyes e pelo paraguaio Cardozo.

Nos 150 confrontos para o campeonato, apenas em 27,3 por cento dos dérbis - 41 jogos - a equipa pior classificada bateu o "rival", protagonizada 19 vezes pelo Sporting (11 delas como visitado) e 22 pelo Benfica (10 como visitante). Na Taça de Portugal, o mito ganha um pouco mais de força, com as 16 "surpresas" concretizadas em 33 confrontos.

 

In "Record"


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