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Rui Patrício: «Estava com fé que ia marcar» PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Quinta, 06 Agosto 2009 22:00

090806_rui_patricio.jpgRECORD - Já consegue explicar o pressentimento que teve quando pediu a Paulo Bento para avançar até à grande área contrária?

RUI PATRÍCIO - Estava com fé de que ia marcar um golo e, dessa forma, ajudar a equipa a conseguir o desejado empate. Nunca perdi a esperança de que conseguiríamos não perder aquele jogo.

 

R - O que lhe passou pela cabeça naqueles segundos que demorou a percorrer a distância entre a sua área e a contrária?

RP - Naqueles segundos só pensava em marcar, para que pudéssemos passar a eliminatória. Graças a Deus, não marquei, mas o defesa marcou por mim e conseguimos atingir aquele que era o nosso objetivo.

 

R - Quando viu a bola dentro da baliza, o que é que lhe apeteceu fazer?

RP - O que me ocorreu foi aquilo que aconteceu: festejar com todos os companheiros de equipa. Foi espetacular, pois sentimos que todos os adeptos, os que estavam lá e os que estavam em casa, também tiveram motivos para festejar.

 

R - Vimo-lo a rezar, no início da segunda parte. É a nossa senhora de Fátima que pede auxílio nos momentos de maior dificuldade?

RP - Rezo a todos os santos. Toda a ajuda é preciosa naquelas situações.

 

R - Sente-se, de alguma forma, o herói desta eliminatória?

RP - Não. A equipa está toda de parabéns. Foi uma qualificação muito complicada, mas conseguimos estar todos unidos, a lutar pelo mesmo objetivo até ao fim.

 

R - Mas, confesse, sentiu algumas dificuldades para adormecer após o jogo com o Twente?

RP - Sim, porque a seguir aos jogos é sempre um pouco complicado dormir. E este foi especial, pela forma como o apuramento foi conseguido. Mas, já passou. Agora, é descansar e pensar no próximo jogo. Sobre este, não se vai falar muito mais. Nós não vivemos do passado.

 

R - Ver a sua fotografia nas primeiras páginas de todos os jornais deixa-o mais confiante ou aumenta a sua responsabilidade?

RP - Nem uma coisa nem outra. É bom aparecer nas primeiras páginas dos jornais por estes motivos, mas estou consciente de que hoje as coisas correm bem e amanhã podem correr mal. Temos é de estar preparados para os piores momentos, pelo que, quando está tudo bem, não podemos entrar em euforias desmedidas. É fundamental mantermo-nos sempre no mesmo nível, para, quando as coisas correrem mal, não irmos muito abaixo.

 

R - Aos 21 anos, sente-se preparado para conviver com estes altos e baixos da carreira?

RP - Sim, porque, desde os 19 anos, passei por muita coisa no futebol. Com a maturidade que vamos adquirindo aprendemos a lidar com essas situações.

 

R - A preparação para lidar com essas situações mais delicadas é resultado de trabalho psicológico específico realizado no clube?

RP - Sim, esse é um aspeto que é trabalhado, com a ajuda dos treinadores e dos companheiros mais experientes. Mas, repito, com a maturidade que vamos ganhando ao longo dos anos, vamos aprendendo a lidar com as coisas boas e com as menos boas que existem no futebol.

 

R - Sente que este gesto, em prol do coletivo, que acabou por resultar na qualificação do Sporting para o playoff da Liga dos Campeões, fortalece a sua posição como dono da baliza leonina?

RP - Não. Eu, quando jogo, tento sempre dar o meu melhor para ajudar a equipa. Somos três guarda-redes, estamos os três a trabalhar para jogar e quando sou eu que jogo tento sempre dar o meu melhor. É evidente que quanto maior é a nossa maturidade, maior é o rendimento que conseguimos alcançar.

 

R - Sente que esta atitude importante para a equipa ajuda a calar aqueles que desconfiam das suas capacidades para ocupar a titularidade na equipa do Sporting?

RP - Eu não penso assim. Eu quero é trabalhar para evoluir. Temos de estar preparados para ouvir os comentários menos bons, apesar de ser preferível ouvir comentários positivos, que nos dão moral. Mas, temos que saber conviver com as coisas boas e as coisas menos boas que há no futebol. Importante é trabalhar, evoluir e jogar com frequência.

 

R - Pode então depreender-se das suas palavras que as críticas menos abonatórias às suas exibições não o afetam muito?

RP - Agora, já não. Com a maturidade que vamos ganhando, aprendemos a lidar com elas de forma natural. Por isso é que, quando as coisas correm bem, eu não me entusiasmo de forma excessiva, porque sei que no futebol nem sempre as coisas nos correm bem.

 

R - As comparações com o golo de Miguel Garcia, em Alkmaar, são inevitáveis. Por ter surgido no último minuto da partida, na sequência de um pontapé-de-canto. O que recorda desse jogo, que viu naturalmente pela televisão?

RP - Foi um jogo memorável, mas foi um jogo diferente, pois valeu a qualificação para a final da Taça UEFA. Estava na Academia de Alcochete, vi o jogo pela televisão. Foi uma sensação espetacular para todos os adeptos e, imagino, para todos os jogadores. Este também foi bom, porque eu estava lá no campo e, para mim, foi um grande motivo de orgulho.

 

R - Depois de conseguir a qualificação para a final da Taça UEFA, o Sporting acabou por perder essa competição. Sente que esta equipa está preparada para seguir em frente no playoff que aí vem?

RP - Sim. É lógico que sim. Passámos esta... É certo que nem sempre jogámos bem, mas temos de ter confiança em nós próprios. À medida que vamos realizando jogos e obtendo resultados positivos, a nossa confiança aumenta.

 

R - Mesmo tendo em conta que o futebol exibido até este momento não é o mais agradável? Ainda assim continua a confiar?

RP - Sim. Nós vamos continuar a trabalhar, porque sabemos o nosso valor, temos trabalhado bem e acredito que vamos começar a ganhar e a conseguir os nossos objetivos.

 

R - Dos adversários presentes no playoff da Champions, há algum que gostasse de defrontar, em particular?

RP - Não. Sabemos que os adversários são todos complicados. Só temos é que chegar lá e ganhar. Seja quem for o opositor.

 

Rui Patrício: «Imitar Damas e não sofrer golos»
HERDEIRO DA MÍTICA BALIZA DO TOPO SUL TEM OBJETIVO

 

RECORD - No encontro da primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, frente ao Twente, estreou-se na baliza agora batizada Vítor Damas. Sentiu algo de especial por atuar naquela baliza?

RUI PATRÍCIO - Graças a Deus, já joguei naquela baliza em diversas ocasiões e o que senti, nesse jogo em concreto, foi o que sinto sempre.Quando estou naquela baliza tenho de dar o meu melhor pelo sucesso da equipa.Era isso que Vítor Damas fazia quando representava o Sporting. É bom jogar na baliza que tem o nome dele e não sofrer golos, que era aquilo que ele fazia.

 

Felicitações

 

R - Quem foi a primeira pessoa a ligar-lhe após o final do jogo com o Twente, na Holanda?

RP - Foi a minha namorada. Eu ainda estava no balneário e não pude atender logo a chamada. Mas liguei-lhe a seguir.

 

R - Recebeu muitas mensagens de felicitações durante o regresso a Portugal?

RP - Sim, recebi inúmeras mensagens de felicitações pelo feito conseguido pela equipa. Especialmente de familiares e amigos.

 

R - É a essas pessoas que dedica a qualificação para o playoff da Liga dos Campeões?

RP - Sim. A esses e também aos adeptos do Sporting que nos acompanharam à Holanda e a todos aqueles que sofreram um bocadinho nas suas casas, em frente à televisão.

 

R - Hoje é dia de folga. Além das entrevistas que irá conceder, que mais irá fazer?

RP - Nada de especial. Vou aproveitar para descansar. Será um dia perfeitamente normal. Vou vivê-lo com... tranquilidade.

 

In "www.record.pt"


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