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Futre: «Matías pode vencer um jogo sozinho» PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Sábado, 26 Novembro 2011 10:04
111126_paulo_futreO que mais gosta no Sporting

R – O que mais gosta no Sporting?

PF – A capacidade de formar um bloco sem retirar liberdade às individualidades. Ali, tudo trabalha para o grupo, há um forte sentido coletivo mas o talento individual não fica comprometido.

 

R – Continua apaixonado por Capel?

PF – O Capel começou a jogar com 16 anos no Sevilha e quando o vi pela primeira vez fiquei logo com a sensação de que estava ali alguém em quem eu me revia. Quando o vejo em campo, antecipo mentalmente uma ação no campo que é o que ele faz logo a seguir. É incrível. Parece que as nossas mentes estão ligadas. É o único jogador no Mundo que eu vejo fazer aquilo que eu faria se estivesse no campo, naquele mesmo instante, no lugar dele.

 

R – Alguma vez falou com ele?

PF – Trocámos mensagens e falámos por telefone. Ele tem uma camisola para me dar. O Sporting teve um gesto muito bonito comigo. No dia da apresentação, com o Valencia, vários antigos jogadores entregaram as camisolas aos futebolistas do atual plantel. Cabia-me a mim entregar ao Capel. Infelizmente não pude estar presente.

 

R – Rinaudo faz muita falta?

PF – Sim, é um jogador incrível, fortíssimo. Estava muito bem quando sofreu a lesão. Não nos podemos queixar. Esperemos que volte depressa.

 

R – André Santos ou outra solução que não passe por ele? Como Carriço...

PF – Eu gosto do André, mas o Carriço tem pés para jogar ali. Trabalha bem, tem garra, pode ser uma boa solução.

 

R – Elias ou Schaars também podem ser trincos?

PF – Poder, podem, mas prefiro o André ou o Carriço. Há alguns centrais que deram grandes trincos. Lembro-me bem do Desailly que no Marselha jogava mais atrás e passou para o meio-campo no Milan por decisão do Capello. Em Espanha, o Hierro e o Sanchis também desempenhavam essa dupla função.

 

R – Polga e Onyewu estabilizaram a defesa. É preciso mais um central?

PF – Há o Carriço e ainda o Rodríguez. Ou é alguém que chega e joga – e para isso tem de ser muito melhor do que há – ou então aposte-se no Carriço. Por outro lado, o mercado de dezembro está cheio de armadilhas... Ou é uma operação como o Capel – que foi uma jogada sensacional do Carlos Freitas e do Luís Duque, foram geniais – ou mais vale estar sossegado.

 

R – Matías ou Carrillo? Matías é melhor ao centro?

PF – Sou muito Matías. Quando ele abre o livro, ganha um jogo sozinho.

 

R – Como foi possível o At. Madrid prescindir do Elias?

PF – É outra das coisas ilógicas do futebol. O Elias é um 8, também pode ser um 6, como tal, quando o contratas, é para jogar nesses lugares. Acontece que no Atlético, colocavam o Elias a extremo-esquerdo!

 

R – Wolfswinkel tem tudo para ser grande?

PF – É um jogador muito elegante, que pode marcar a diferença. Precisa de continuidade para evoluir.

 

Futre: «Jesus dá bronca e Domingos é mais suave»
compara estilo dos dois treinadores

Paulo Futre conhece bem os dois treinadores que logo se irão defrontar no Estádio da Luz, e sublinha, em entrevista a Record que os dois são bem diferentes...

 

RECORD – Jesus ou Domingos: qual o estilo que mais aprecia?

PAULO FUTRE – São dois amigos. Joguei com o Domingos na Seleção e com o Jesus ainda joguei contra ele. Têm ambos grande mérito. O Jesus vive o futebol 24 horas por dia, é um fanático e deve ter um caráter tremendo com os jogadores. O Domingos terá as mesmas qualidades mas deve agir de forma mais suave. Estou a ver o Jesus chamar ao balneário um jogador, que por esta ou por aquela razão o dececionou, e dar-lhe uma grande bronca. O Domingos dirá as mesmas coisas mas de forma diferente, mais suave e diplomata. Pelo que foram como jogadores e por tudo o que estão a fazer, são dois craques. E é importante o Benfica e o Sporting terem treinadores portugueses.

 

«O Cristiano é um animal»


R – O Cristiano Ronaldo está a fazer mais uma grande época.

PF – Sim, o Cristiano é um animal. Não tem limites. Não imaginava dizer isto há 4 ou 5 anos, mas se ele ganhar o Europeu com a Seleção portuguesa ou se for a uma final do Mundial, acho que se tornará o melhor jogador da história do futebol português, passando o grande Eusébio. Neste momento o King está lá em cima e todos nós somos príncipes – eu, o Figo, o Cristiano, o Rui Costa, quem quiserem. Mas cuidado com o Cristiano, tem tudo para ser o melhor de todos os tempos.

 

Futre: «Até já ganhei um Emmy»
a aproveitar o momento e a divertir-se à brava

R – Como é o dia-a-dia de Paulo Futre?

PF – Muito intenso. Passo 3 ou 4 dias em Portugal por semana, onde tenho dado algumas conferências de motivação e de liderança em empresas e universidades. Entre sexta e segunda-feira procuro estar em Madrid.

 

R – Qual é a ligação ao futebol?

PF – Sou colunista da “Marca” e participo nalgumas operações no meio do futebol, não como empresário, mas sim como intermediário entre clubes. Estive no negócio dos jogadores que foram do Benfica para o Granada, atendendo à minha amizade com os dois presidentes. Não trago é jogadores para Portugal.

 

R – Porquê?

PF – Nunca quis passar por aquela situação de me apontarem o dedo se por acaso o jogador não tivesse êxito. Mas tenho levado alguns.

 

R – Tornou-se uma vedeta da televisão...

PF – Estou a fazer coisas que não me passavam pela cabeça. Até ganhei um Emmy!... [a telenovela da SIC “Laços de sangue” foi premiada – Futre participou nalguns episódios desempenhando o papel de diretor-desportivo de um clube feminino]. Tenho 45 anos e estou a passar por uma fase da minha vida aqui em Portugal que não sei se vai durar mais um dia, uma semana ou um ano, mas enquanto der, aproveito e estou a divertir-me à brava.

 

R – Disse que conhecia o Passos Coelho há 20 anos. De onde?

PF – Aquele que ainda hoje é o meu advogado, o João Gaspar, tinha um estagiário que se chamava João Luís que era amigo íntimo do Pedro (Passos Coelho). Conhecemo-nos no casamento do João Luís e ficámos com boa relação. É um homem sério, honesto e inteligente. Estamos em boas mãos.

 

R – Ainda tem algum sonho para cumprir?

PF – Temos sempre sonhos, se não são os teus, vives os da tua família. No futebol, claro que tenho um grande sonho. Mas não te posso dizer.

 

R – É ser presidente do Atlético Madrid?

PF – [risos] Mas também era um sonho aquilo que me propôs o grande homem, o Dias Ferreira. Era um projeto maravilhoso.

 

R – O clube está bem entregue?

PF – Sim, sim. A partir do momento em que as eleições terminaram, passaram a contar com o meu apoio. E estão a fazer um trabalho excelente. Agora é preciso apostar na equipa e pagar a dívida.

 

In record.pt


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