Início > Arquivo Noticias > Futebol > Duílio: «Torcida do Sporting é de outro mundo!»
Segunda, 29 Abril 2024
Duílio: «Torcida do Sporting é de outro mundo!» PDF Versão para impressão Enviar por E-mail
Sábado, 16 Abril 2011 10:18
Foto: DuílioAs memórias mais vivas que o sempre afável ex-central tem presentes já não têm morada. Duílio ainda hoje vibra ao recordar o topo sul do antigo Estádio José Alvalade e não tem dúvidas ao afirmar peremptoriamente: "Para mim, nenhuma multidão de nenhuma torcida, mesmo aqui no Brasil, é como a do Sporting. Nunca vi nada assim. Ainda hoje me arrepio só de lembrar. É numerosa, fiel, não se rende! As torcidas do Porto e Benfica são 'legais', mas a do Sporting de outro mundo. Guardo bem guardadinho aqui em casa o meu cachecol e um pullover da Juve Leo. Foi muita vibração junta!"


"Vamos acabar com o Porto invicto"

Como se diz no Brasil natal do senhor que aqui falará, preste atenção, prezado leitor. Duílio é muito mais do que um jogador que passou pelo Sporting. Aos mais desatentos, O JOGO tira já a dúvida: o central parceiro de um tal de Ricardo Gomes no Fluminense campeão brasileiro de 1984 que veio para Portugal pela mão do antigo presidente João Rocha, é um feroz leão. Do outro lado do Atlântico, o homem que ajudou a impedir os portistas de se sagrarem campeões nacionais invictos em 1987/88, continua surpreendentemente atento à realidade verde e branca e não perde um pingo de fé na causa. O agora treinador acredita que a história se vai repetir.

Falando com conhecimento de causa, o ex-atleta dos leões dispara de longe. "O meu querido Sporting precisa readquirir a sua mística, de acreditar em si mesmo para vencer o FC Porto. Até aqui no Rio dá para ver os sportinguistas cabisbaixos. Não fico indiferente, pois sei muito bem o que se passa. Quem veste a camisola do leão fica marcado para a vida! Fui campeão no Fluminense, passei anos maravilhosos no Estrela da Amadora [ganhou a Taça de Portugal em 1989/90], mas o Sporting é o Sporting", sentencia. Quanto ao clássico em si, a aposta é clara: "O FC Porto está muito forte, mas a nossa equipa vai ao estádio deles ganhar e acabar com essa história de ficar invicto."

Recordando esses clássicos escaldantes, Duílio não só continua a remexer no baú de memórias, como, de passagem, deixa umas recomendações aos comandados de José Couceiro. "Pode ser que o FC Porto acuse algum desgaste e, quem sabe, algum abaixamento fruto do título já conquistado. Pode pensar noutras situações. Claro que eles não vão facilitar, mas acredito no nosso sucesso. Em 1988, ganhámos 2-1 em casa já na segunda volta durante um campeonato longuíssimo [38 jornadas], mas lembro-me melhor quando fomos às Antas na época anterior eliminar o FC Porto da Taça. O ambiente creio que continua intenso no Dragão como era ali. Era uma loucura, mas o treinador Keith Burkinshaw montou um esquema firme, mantivemos a calma, manietámos o adversário em toda uma partida que podíamos ter definido nos 90', mas vencemos no prolongamento com aquele 'chuto' maravilhoso do Mário. Para sair por cima ali, é preciso jogar certinho, claro, mas com muita frieza e concentração."

Num último toque, o brasileiro arrisca o resultado, mas nunca os marcadores. Esses fazem parte de uma saudade que arranca risos a Duílio. "O Sporting vai ganhar 2-1! Quem faz os golos? Não arrisco, mas se o Manuel Fernandes e o Jordão lá continuassem, essa pergunta nem era feita."

Uma pedra para recordar as Antas

O ambiente pesado que se vive em quase todos os estádios portugueses começou por se intensificar nos anos 80, com as cenas de violência a ganharem maior e mais perigosa dimensão. Após o remate fatal de Mário naquela meia-final de Taça em 1987, o autocarro leonino foi alvo de adeptos portistas em fúria. Duílio aproveitou para levar uma recordação. "Fomos apedrejados à saída das Antas. Aí, uma pedra partiu o vidro e caiu no lugar vago mesmo ao meu lado. Guardei-a durante dois anos e, junto das outras que me iam acertando e que eu também guardei, dava para construir um castelo."

"Lamento a má gestão"

Sempre de olho nas notícias verdes e brancas a circular na internet, Duílio mostrou-se muito bem informado. O brasileiro não fala por falar nem diz porque ouviu dizer, pedindo calma aos adeptos. "Lamento a má gestão que o clube tem sofrido. Agora houve esse período de eleições, foi conturbado, mas todos têm de ter fé. O Sporting é e será sempre grande. Acreditem no futuro."

"Quero voltar a Portugal"

Com vasta experiência como treinador não só no Brasil como no exterior, o antigo defesa dos leões gostaria de retornar ao nosso País, onde já comandou os madeirenses do Machico. Duílio não perde a esperança. "Para voltar ao futebol português estou sempre preparado. Estava aqui no Serrano até há uma semana, a equipa estava bem mas decidiram mudar. Coisas do futebol..."

"Manuel Fernandes é inigualável"

Duílio não cabe em si de contente por um motivo especial: o regresso do símbolo Manuel Fernandes a Alvalade. Sempre emotivo, o antigo jogador explica: "Além de meu companheiro no Sporting, o Manel foi meu treinador no Estrela e na Ovarense, com Mourinho a preparador-físico. Ele é leão puro, foi um avançado fantástico e é uma pessoa inigualável. Estou feliz por ele voltar para Alvalade. Ele significa o que é o clube para os mais jovens, transmite toda a mística."

 

In ojogo.pt

 


Ítems Relacionados:

 

Redes Sociais

  • Facebook Page: 204936909525135
  • Twitter: scpmemoria
  • YouTube: scpcpmemoria

Escolher Campeonato

RSS Notícias

rss_videos Notícias

Siga-nos no Facebook

header_wikisporting