E muito mais verde ficou o caminho para o título com a vitória do Sporting ante o Benfica, em Alvalade. Por 3-1. Sete pontos de vantagem a sete jornadas do fim. Logo...
Oliveira, com o pé engessado, não jogou.
A partida ficaria marcada por um dos mais insólitos incidentes do futebol português. Com a televisão a mostrar. Sem bolinha. Aos 19 minutos da segunda parte, com o resultado em 2-1, Bento e Manuel Fernandes envolveram-se em escaramuça...
O árbitro, sem complacências, expulsou o guarda-redes e apontou para a marca de grande penalidade. Bento tentou a defesa pelas palavras. «Não agredi Manuel Fernandes, apenas me encostei a ele, dei-lhe um ligeiro empurrão. Só lamento que o Manel, especialista em criar “penalties” com fantasia, se tenha atirado para o chão. Mas muito mais lamento a perseguição que Marques Pires me tem feito, ameaçando-me constantemente, de que até na minha vida particular me há-de mostrar o cartão vermelho.» O remate de Manuel Fernandes: «Sem querer, acabei por raspar, com a biqueira da bota, na cabeça do Bento. E ele teve aquela atitude impensável. Dando-me com a mão e com a bola na cara. Perdeu a cabeça e o árbitro não poderia ter feito outra coisa... Não percebi... Somos amigos de longa data, havemos de continuar a sê-lo.»
Jorge Gomes, na entreajuda ao guarda-redes intempestivo: «O Manuel Fernandes atingiu Bento na cabeça. Basta olhar o alto que ele tem e que o impressiona. Mas o árbitro nem sequer o admoestou. Ele, o homem de preto, é que devia ir ao controlo anti-«doping». Pela forma como dirigiu a partida, parecia que estava dopado, um homem no seu estado normal não faz as coisas que ele fez»...
Alves, outro dos ausentes, ajuntou:«Que pena não ter havido controlo anti-«doping» em Alvalade, mas, apesar de dizer isso, tenho de reconhecer que o Sporting foi um campeão justo, foi a equipa mais regular do Campeonato.» Manuel Fernandes em defesa da honra alfinetada: «Apesar das atoardas que por aí circulam, se quiserem ofereço-me voluntariamente para ir ao controlo. Na minha equipa estou certo de que não havia surpresas. Comemos todos em sítios garantidos.»
In abola
|